DESCRIMINALIZAÇÃO E LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL: ENTRE A ÉTICA E O DIREITO.

PROPOSTA
DE REDAÇÃO ENEM
Com
base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema DESCRIMINALIZAÇÃO E
LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL: ENTRE A ÉTICA E O DIREITO, apresentando
proposta de conscientização social e intervenção estatal que respeitem os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1. A mulher denunciada por médica de plantão e processada por aborto: 'Fui interrogada enquanto sangrava' - Nathalia Passarinho - Da BBC News Brasil em Londres.
- Os
policiais foram imediatamente ao hospital e interrogaram Juliana quando ela
ainda sangrava. "Assim que eu tinha acabado de ter o feto, eu tive uma
convulsão. Eles (policiais) entraram na sala falando que era para eu confessar,
senão eu ficaria algemada, que eu iria para um presídio", relatou.
- BBC, Junho de 2018.
TEXTO 2. DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
I – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
exercício de função pública, desde que a ação penal não dependa de
representação;
II – crime de ação pública, de que teve conhecimento no
exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, desde que a ação penal
não dependa de representação e a comunicação não exponha o cliente a
procedimento criminal. [Art, 66,
II, da Lei de Contravenções Penais, publicado em 1941]
TEXTO
3. Segundo a Defensoria
Pública, denunciar pacientes após o atendimento viola a ética médica: "A
denúncia viola o dever ético de sigilo de qualquer dos profissionais de saúde.
Nesses casos que encontramos, foram médicos, enfermeiros e assistentes sociais.
Os conselhos de classe dessas três profissões são enfáticos em dizer que é
dever ético manter o sigilo, não só não revelando o fato, mas também não
entregando documentos sigilosos." - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45052975
TEXTO 4. Um
dos mitos em torno do assunto é que recorrem ao aborto mulheres que engravidam
fora de relacionamentos estáveis ou que ainda não têm filhos. A Pesquisa
Nacional de Aborto, realizada pela Anis – Instituto de Bioética e Universidade
de Brasília, porém, mostra que 78% das mulheres que interrompem
voluntariamente a gestação – ou quase oito em cada dez – já têm
filhos. O mesmo estudo aponta que 65% delas são casadas ou estão em
relacionamentos estáveis.
O
estudo, coordenado por Débora Diniz, Marcelo Medeiros e Alberto
Madeiro, mostra que mais de meio milhão de mulheres realizam aborto inseguro
todos os anos, quase uma por minuto. Entre 2006 e 2015, dado mais recente, o
Brasil registrou 770 óbitos por aborto no SUS (Sistema Único de Saúde).
“A
mulher que faz o aborto é nossa vizinha, parente, colega de trabalho,
Impossível não ter várias conhecidas que recorreram ao aborto inseguro”, aponta
a doutora em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP e pesquisadora na
área de direitos reprodutivos femininos, Deborah Delage. - https://www.cartacapital.com.br/sociedade/sete-em-cada-dez-mulheres-que-abortam-ja-tem-filhos
TEXTO 5. Nos últimos 10 anos, Portugal, Espanha e Uruguai legalizaram a interrupção voluntária da gravidez depois de décadas de organização social, debates e negociações no Legislativo de cada país. Enquanto a despenalização da prática ampliou a autonomia das espanholas, o Uruguai implementou uma política pública de saúde com foco na redução de riscos, que desde 2004 reduziu o número de mortes de mulheres por abortos clandestinos. Em Portugal, o movimento feminista se aliou aos profissionais de saúde para levar informação baseada em evidências à sociedade, que em 2007 disse sim à legalização do aborto em um referendo.
http://www.generonumero.media/portugal-espanha-e-uruguai-o-que-aconteceu-apos-legalizacao-do-aborto/
TEXTO
6. AMÉRICA LATINA. Uruguai: após legalização, desistência de abortos sobe 30%. Dados
mostram que 18% das mulheres que buscam o procedimento correspondem a menores
de 20 anos. O número de mulheres que decidiram levar adiante a gravidez após
solicitar um aborto legal no Uruguai cresceu 30% em 2014 se comparado ao ano
anterior, conforme o segundo relatório anual do Ministério da Saúde (MSP)
divulgado neste fim de semana. - https://www.terra.com.br/noticias/mundo/america-latina/uruguai-apos-legalizacao-desistencia-de-abortos-sobe-30,2e4163764976c410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html
TEXTO
7. Sartre afirma que se Deus não existe, há pelo menos um ser no
qual a existência precede a essência, o homem. Por isso é possível a afirmação
de Simone de Beauvoir: “Não se nasce mulher, torna-se”. - http://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=634
Comentários
Postar um comentário