ENEM - TEMA NOVO: Plástico: quais as alternativas para o uso consciente?

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: Plástico: quais as alternativas para o uso consciente? Apresentando proposta de conscientização social e intervenção estatal que respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1. Por que o plástico é problemático?
O plástico da forma que conhecemos existe há cerca de 70
anos. E, desde então, o uso desse material tem transformado muitas áreas - da
confecção de roupas à culinária, passando pela engenharia, design e até o
comércio varejista.
Uma das grandes vantagens de muitos tipos de plástico é o
fato de que são projetados para durar mais - por muitos e muitos anos.
Praticamente todo plástico já produzido continua existindo,
mesmo que não esteja em seu formato original.
Em artigo publicado na revista acadêmica Science Advances, em
julho, o pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Califórnia em Santa
Bárbara, estima em 8,3 bilhões de toneladas a quantidade de plástico já
produzida no mundo.
Desse total, cerca de 6,3 bilhões de toneladas são
classificadas como resíduos - e 79% estariam em aterros ou na natureza. Ou
seja, pouco material é reciclado ou reaproveitado.
A grande quantidade de resíduos de plástico é resultado do
estilo de vida moderno, em que o plástico é usado como matéria-prima para
diversos itens descartáveis ou "de uso único", como garrafas de
bebida, fraldas, cotonetes e talheres.
4 bilhões de garrafas de plástico - Garrafas de bebida são um dos tipos
mais comuns de resíduos de plástico. Estima-se que 480 bilhões de garrafas
tenham sido vendidas em todo o mundo até 2016 - o que representa 1 milhão de
garrafas por minuto.
Somente a Coca-Cola foi responsável por produzir 110 bilhões
de garrafas de plástico.
Alguns países têm discutido maneiras de diminuir o consumo do
material. O Reino Unido, por exemplo, debate oferecer água potável de graça nas
grandes cidades e criar unidades para devolução de plástico.
TEXTO 2. Alesp aprova proibição de canudos de plástico em todo o estado
Publicado em 26/06/2019
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou medida
que proíbe o fornecimento de canudos de material plástico nos estabelecimentos
comerciais de todo o estado. De acordo com o projeto, os canudos de material
plástico terão de ser substituídos por canudos feitos de papel reciclável,
material comestível ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes
completamente fechados feitos a partir do mesmo material. Quem descumprir a
determinação poderá ser multado.
O canudo plástico é um dos maiores problemas ecológicos
contemporâneos. Se cada brasileiro utilizar um canudo plástico por dia, em um
ano, serão consumidos 75.219.722.680 canudos. Pesquisas mostram que mais de 95%
do lixo nas praias brasileiras é de material plástico. E, assim como outros
resíduos, todo esse material acaba invadindo o mar, prejudicando o habitat
natural e a saúde dos animais que, com muita frequência, morrem por ingestão
desse plástico descartado pelos humanos.
TEXTO 3. Entre 500 bilhões e 1 trilhão de
sacolas plásticas são consumidas em todo o mundo anualmente. No Brasil, cerca
de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por hora! Achou muito? A natureza
também.
Sacolas plásticas não são o maior vilão do meio ambiente, mas
o seu consumo excessivo é. As sacolinhas, tão práticas e gratuitas, têm um alto
custo ambiental: para sua produção são consumidos petróleo ou gás natural
(ambos recursos naturais não-renováveis), água e energia, e liberados efluentes
(rejeitos líquidos) e emissões de gases tóxicos e do efeito estufa. Depois de
usadas, muitas são descartadas de maneira incorreta, aumentando a poluição e
ajudando a entupir bueiros que escoam as águas das chuvas ou indo parar nas
matas e oceanos, sendo ingeridas por animais que morrem sufocados ou presos
nelas. Pouquíssimas chegam a ser recicladas.
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