A FUVEST é marxista!



Antes de tudo Marx era um pensador, e neste sentido a FUVEST é Marxista. Pensador alemão não era um Historiador, não era um Sociólogo, não era um Economista, mas um homem que por pensar o seu tempo acabou fazendo surgir um modo de analítico do mundo. Por isso vale dizer, hoje, olhando para trás que Marx influenciou o que hoje chamamos Ciências Sociais (Sociologia, Política, Economia, Antropologia e História).

Dizer que alguém é Marxista é, portanto, antes de tudo dizer que ele pensa no mínimo em três fatores: 1) Econômico; 2) Social e 3) Histórico.

Ser marxista não é necessariamente, neste sentido, ser de esquerda ou de direita, mas saber pensar os jogos sociais e os valores da sociedade em voga e ao longo da História.

Por exemplo, a FUVEST na escolha do tema de Redação é Marxista:

2011 - Há ainda lugar no MUNDO CONTEMPORÂNEO para o Altruísmo e Pensamento a Longo Prazo?

2012 - Participação Política: indispensável ou superada?

2013 - O Consumismo Capitalista - como visão de mundo que coloca um cartão de crédito como passaporte de posses.

2014 - Que implicações éticas, culturais, econômicas, sociais e históricas têm a declaração do Ministro de Finanças no Japão, Taro Aso, ao dizer que os idosos deveriam: "Apressar-se a morrer".

Torna-se nítido como o olhar histórico é imprescindível para o vestibulando, para dar mais base ao seu escrito.

- Pensar o Altruísmo e a Longo Prazo é, por contraponto, pensar o Individualismo Contemporâneo, suas causas (sistema capitalista ou a ética protestante) e seus efeitos (imediatismo ou reificação do homem questionado por MARX n 'O CAPITAL);

- Pensar a Participação Política é olhar para a realidade e notar como estão as manifestações no Globo (Primavera Árabe, Jornadas de Junho, Ocuppy) e suas razões e freios (nas mãos dos donos do modo de produção e das ideologias - mídias atuais -, segundo Marx);

- Pensar o Consumismo é pensar os valores, a mentalidade, a ética, a cultura como Ideologias adquiridas, que segundo Marx, "são falsas verdades" inventadas pela burguesia para manutenção do poder.

- Pensar o valor da Velhice no sistema Capitalista pelas declarações de Taro Aso é pensar mais uma vez de modo marxista, pois é um discurso que se propaga e chega a colocar em contradição os valores da cultura japonesa, a qual sempre valorizou os mais velhos. Mais uma vez o tema da FUVEST é marxista, pois foi Marx o que melhor expressou a trajetória do Homem para um processo de Reificação (coisificação ou transformação em objeto) antes dos Economistas, Sociólogos e Historiadores contemporâneos existirem como profissionais e cientistas.

A FUVEST é Marxista, ao usar nos últimos anos a teoria de um primeiro Sociólogo Pop da história, o polonês Zygmunt Bauman, que tem seu livro mais famoso "MODERNIDADE LÍQUIDA", baseado em uma sentença de MARX.

"Tudo o que é sólido se desmancha no ar" -  Karl Marx

O que Zygmunt Bauman está dizendo é simples: que hoje não há lugar para o Absoluto (as verdades absolutas, os sistemas totalitários, as ditaduras), pois o "ar", o tempo, o "vento" desgastam a "pedra", o "sólido", tornando-o areia ou algo líquido que nos escapa entre os dedos da percepção e dos valores antigos.

A modernidade é líquida por não ser ela mais explicável pelas formas antigas e conservadoras.

Marx por isso tudo acima influencia a FUVEST em seus temas, justamente por fazer e cobrar uma Visão Crítica da Realidade e da História, seja econômica, política, social, histórica, ética ou culturalmente.

Descoberto isso. A redação da FUVEST é apenas um convite para a escrita de textos maduros e inteligentes.

Um tema propício, por exemplo, este ano seria "O Rolezinho", já que cobra um visão sociológica, histórica e econômica do fato; cujas causas são: 1) a ascendência da classe C; 2) a falta de direito à cidade ocasionado pela falta de mobilidade urbana; e 3) o caráter dinâmico e facilitador de mobilizações populares pelas redes sociais.


Acho bom, para quem presta FUVEST, observar algumas dessas pistas.  

Pra bom caçador, pegada úmida na terra, ainda secando, é claro sinal de perigo, mudanças ou desafios. E um pensador é assim, caça detalhes e traduz em uma narrativa coerente e consistente, como fizera Marx em 1848 ao escrever o Manifesto Comunista, dizendo que "Um espectro ronda a Europa...", embora não soubesse o nome, sabia que a história mudaria dali em diante...

O espectro?
Agora sabemos, é o Marxismo!


A FUVEST 2015 provou mesmo que é marxista hoje:
http://www.fuvest.br/vest2015/provas/fuv2015.2fase.dia1.pdf

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