Proposta ENEM: Violência Policial e a Democracia
ENEM
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: Violência Policial no Brasil: quais os
caminhos da Democracia? Apresentando proposta
de conscientização social e intervenção estatal que
respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1.
“Desde a Ditadura
alguns dizem que o país mudou, mas certamente não para a polícia militar. Não é
por acaso que, segundo estudos da socióloga norte-americana Kathryn Sikkink, o
Brasil é o único país na América Latina no qual tortura-se mais hoje do que na
época da ditadura militar. É porque aqui a imprensa e a classe política dão
carta branca para a polícia agir da maneira como convier na defesa dos
interesses do seu partido. Sim, não se enganem pois a polícia tem partido.
Enquanto o sr. Alexandre Frota e o coral gospel "Jesus ama Ustra e seus
amigos" entoam o hino Escola sem Partido, alguém deveria começar por
exigir uma Polícia sem partido.” – Vladimir Safatle, texto adaptado.
TEXTO 2.
“Toda democracia digna desse nome assegura
a mais ampla liberdade de manifestação, desde que pacífica. Atos de violência
são reprimidos —e seus autores detidos e processados pelas autoridades.
Essa
distinção essencial entre o legítimo e o intolerável em protestos de rua vem-se
perdendo no Brasil. Desde as jornadas de junho de 2013, agentes provocadores
caracterizados como "black blocs" praticam depredações e outras
formas de vandalismo e continuam impunes.
Alegam ser
adeptos de uma ideologia anarcoide que utiliza a "violência
simbólica" como suposta tática política. Os extremos do espectro político
se confundem de tal modo que o comportamento desses milicianos, dispostos a
impor seu ponto de vista pela truculência e pela intimidação, merece antes o
epíteto de fascista.
Não foi
nada "simbólica", aliás, a violência empregada contra o cinegrafista
Santiago Andrade, assassinado por dois "black blocs" numa
manifestação no Rio em fevereiro de 2014, sem que os criminosos tenham ido a
julgamento até hoje.” – EDITORIAL FOLHA de S. Paulo. 02/09/2016.
TEXTO 3.
“Em maio de 2012, a Dinamarca chegou a
recomendar, na reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas (ONU), que o Brasil extinguisse a Polícia Militar. A ideia, no
entanto, foi negada nacionalmente por ferir a Constituição Federal de 1988 e a
dúvida permaneceu sobre o que de fato significaria uma proposta pela
desmilitarização.
A divisão entre polícia Civil e Militar sempre existiu
no Brasil. A atribuição de cada grupo está explícita no artigo 144 da
Constituição Federal de 1988. Às polícias civis, dirigidas por delegados de
polícia de carreira, cabem as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares. Já às polícias militares cabem o
policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. “Antes da ditadura
militar, existiam polícias Militar e Civil, mas a Civil também desempenhava
papel ostensivo. Foi com a ditadura que as atribuições da Polícia Civil foram
se esvaziando e a Militar tomou para si toda a parte ostensiva”, destaca o
professor de direito penal Túlio Vianna, da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG).”
- O papel da polícia: entenda
o que é a desmilitarização da polícia. Criado em 23/07/13 . 6h01 e atualizado em 16/07/14 14h34. Por Noelle Oliveira Fonte:Portal EBC.
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