Proposta ENEM - A Desigualdade em Evidência no Brasil: quais os perigos para a democracia?
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desigualdade em evidência no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
O número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil deverá aumentar entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim de 2017, afirmou um estudo inédito do Banco Mundial divulgado nesta segunda-feira (13).
Segundo o documento, a atual crise econômica representa uma séria ameaça aos avanços na redução da pobreza e da desigualdade, e a rede de proteção social – como o Bolsa Família – tem um papel fundamental para evitar que mais brasileiros entrem na linha da miséria.
De acordo com a instituição, o aumento do número de “novos pobres” vai se dar principalmente em áreas urbanas, e menos em áreas rurais – onde essas taxas já são mais elevadas. O texto diz ainda que as pessoas que cairão abaixo da linha de pobreza, como consequência da crise, provavelmente são adultos jovens, de áreas urbanas, principalmente do Sudeste, brancos, qualificados e que trabalhavam anteriormente no setor de serviços.
Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/brasil-tera-ate-36-milhoes-de-novos-pobres-em-2017-diz-bird.ghtml Acesso em 13 fevereiro 2017.
TEXTO II
Viva o povo brasileiro,
Sua fé, sua poesia,
Sua altivez na pobreza,
Fonte de força e Poesia!
SUASSUNA, Ariano. Farsa da boa preguiça. Rio de Janeiro, José Olympio Ed., 1979 p. 181.
TEXTO III
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandocanzian/2014/01/1398643-o-role-do-brasil.shtml Acesso em 13 fevereiro 2017.
TEXTO IV
10/10/2017 às 12h03
10/10/2017 às 12h03
Tese sobre história da desigualdade no Brasil é premiada pela Capes
Por Ligia Guimarães | Valor SÃO PAULO - O trabalho "A desigualdade vista do topo: a concentração de renda entre os ricos no Brasil, 1926-2013", publicado em 2016 pelo pesquisador Pedro Herculano Guimarães Ferreira de Souza, venceu o prêmio Capes 2017 de melhor
http://www.valor.com.br/brasil/5151614/tese-sobre-historia-da-desigualdade-no-brasil-e-premiada-pela-capes ou as ferramentas oferecidas na página.
Por Ligia Guimarães | Valor SÃO PAULO - O trabalho "A desigualdade vista do topo: a concentração de renda entre os ricos no Brasil, 1926-2013", publicado em 2016 pelo pesquisador Pedro Herculano Guimarães Ferreira de Souza, venceu o prêmio Capes 2017 de melhor
http://www.valor.com.br/brasil/5151614/tese-sobre-historia-da-desigualdade-no-brasil-e-premiada-pela-capes ou as ferramentas oferecidas na página.
Técnico do Ipea ganha Prêmio Capes de tese na área de sociologia
O trabalho de doutorado de Pedro Herculano de Souza, sobre a desigualdade e concentração de renda no Brasil, foi selecionado como o melhor de 2016
A desigualdade vista do topo: a concentração de renda entre os ricos no Brasil, 1926-2013, tese de doutorado de Pedro Herculano Guimarães Ferreira de Souza, técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Ipea, foi uma das vencedoras do Prêmio Capes de Tese 2017.
Sobre a tese
Com base em tabulações publicamente disponíveis do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF), o autor apresenta estimativas para a desigualdade de renda no Brasil ao longo de nove décadas. Segundo Pedro Herculano, o estudo representa a mais longa e completa série histórica para o Brasil até o momento.
Com base em tabulações publicamente disponíveis do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF), o autor apresenta estimativas para a desigualdade de renda no Brasil ao longo de nove décadas. Segundo Pedro Herculano, o estudo representa a mais longa e completa série histórica para o Brasil até o momento.
De acordo com a tese, as estimativas apresentadas permitem recontar a história do país desde a década de 1920 do ponto de vista da concentração no topo, “algo impossível de ser realizado com outras fontes de dados mais conhecidas, como as pesquisas domiciliares amostrais”.
Desse modo, a pesquisa trata dos ricos e da desigualdade, da concentração de renda entre os mais ricos no país, da concentração de renda no mundo, da história política da desigualdade no Brasil, entre outras questões relacionadas.
TEXTO V
TEXTO VI
Ao longo das últimas décadas, o Brasil reduziu desigualdades
“a partir da base”: entre 1988 – ano em que
promulgamos nossa Constituição – e 2015, reduzimos
de 37% para menos de 10% a parcela de população
brasileira abaixo da linha da pobreza.
Considerando os
últimos 15 anos, o Brasil retirou da pobreza mais de 28
milhões de pessoas, ao mesmo tempo em que a grande
concentração de renda no topo se manteve estável.
O índice de Gini para a renda dos brasileiros – indicador
que mede a distribuição de renda na população e que varia
de 0 a 1, sendo mais desigual quanto mais próximo de
1 – teve uma queda de 16%, caindo de 0,616 para 0,515 desde 1988.
Nesse período, também houve importante
expansão de diversos serviços essenciais, e a notável
universalização do acesso à educação básica.
Fatores que contribuíram para este quadro incluem a estabilização
da economia e da inflação, o aumento real
do salário mínimo e da formalização do mercado de trabalho,
o aumento do gasto social em educação e em
programas de transferência direta de recursos.
Persistem desafios estruturais ligados à redistribuição
de renda e riqueza no País, como o estabelecimento de
uma política tributária justa, a melhoria da qualidade de
serviços públicos, a reversão da concentração fundiária,
além da inclusão educacional de adolescentes e jovens
em idade universitária (sobretudo jovens negros) – para
citar alguns.
O atual contexto joga contra esses necessários avanços.
A crise fiscal em que o Brasil entrou entre 2014 e 201517
criou espaço político para mudanças radicais. Elas foram
iniciadas pela presidente eleita em 2014 e, de maneira
mais agressiva, retomadas pelo governo pós-impeachment.
As reformas profundas que têm sido propostas nos
últimos 16 meses afrontam o que preconiza nossa Constituição,
e ameaçam reverter o processo de construção
de nosso Estado de bem-estar social, em um período de
crise econômica. Isto ocorre à revelia da população que, mesmo desconfiando do Estado, espera do setor
público o atendimento de suas necessidades básicas.
Existe evidente e acelerada redução do papel do Estado
na redistribuição dos recursos em nossa sociedade, o
que aponta para um novo ciclo de aumento de desigualdades.
A Oxfam Brasil entende que precisamos reverter esse cenário,
e com urgência. O Brasil permanece um dos piores
países do mundo em matéria de desigualdade de renda e
abriga mais de 16 milhões de pessoas que vivem abaixo
da linha da pobreza.
A tendência recente é ainda mais
preocupante, com projeções do Banco Mundial de até
3,6 milhões a mais de pobres até o final de 2017. Isto
mostra que nossas conquistas nesse campo não estão
consolidadas.
Este relatório tem como objetivo contribuir para o debate
público acerca do tema desigualdades no Brasil, abrindo
espaço para pensarmos saídas para a atual crise que
ultrapassem a inclusão daqueles que estão na base da
pirâmide social, e busquem melhor distribuição do crescimento
econômico, de modo que os mais pobres se
apropriem de “fatias maiores do bolo” que os mais ricos.
É imperativo que continuemos o curso histórico de redução de desigualdades.
https://www.oxfam.org.br/a-distancia-que-nos-une
https://www.oxfam.org.br/a-distancia-que-nos-une
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