Protesto em São Paulo Av. Paulista - 2013
13/06/2013 – 03h30
Editorial: Retomar a Paulista
Oito policiais militares e um número desconhecido de
manifestantes feridos, 87 ônibus danificados, R$ 100 mil de prejuízos em
estações de metrô e milhões de paulistanos reféns do trânsito. Eis o saldo do
terceiro protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que se vangloria de parar São
Paulo — e chega perto demais de consegui-lo.
manifestantes feridos, 87 ônibus danificados, R$ 100 mil de prejuízos em
estações de metrô e milhões de paulistanos reféns do trânsito. Eis o saldo do
terceiro protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que se vangloria de parar São
Paulo — e chega perto demais de consegui-lo.
Sua reivindicação de reverter o aumento da tarifa de ônibus
e metrô de R$ 3 para R$ 3,20 — abaixo da inflação, é útil assinalar — não passa
de pretexto, e dos mais vis. São jovens predispostos à violência por uma ideologia
pseudorrevolucionária, que buscam tirar proveito da compreensível irritação
geral com o preço pago para viajar em ônibus e trens superlotados.
e metrô de R$ 3 para R$ 3,20 — abaixo da inflação, é útil assinalar — não passa
de pretexto, e dos mais vis. São jovens predispostos à violência por uma ideologia
pseudorrevolucionária, que buscam tirar proveito da compreensível irritação
geral com o preço pago para viajar em ônibus e trens superlotados.
Pior que isso, só o declarado objetivo central do grupelho:
transporte público de graça. O irrealismo da bandeira já trai a intenção oculta
de vandalizar equipamentos públicos e o que se toma por símbolos do poder
capitalista. O que vidraças de agências bancárias têm a ver com ônibus?
transporte público de graça. O irrealismo da bandeira já trai a intenção oculta
de vandalizar equipamentos públicos e o que se toma por símbolos do poder
capitalista. O que vidraças de agências bancárias têm a ver com ônibus?
Os poucos manifestantes que parecem ter algo na cabeça além
de capuzes justificam a violência como reação à suposta brutalidade da polícia,
que acusam de reprimir o direito constitucional de manifestação.
de capuzes justificam a violência como reação à suposta brutalidade da polícia,
que acusam de reprimir o direito constitucional de manifestação.
Demonstram, com isso, a ignorância de um preceito básico do
convívio democrático: cabe ao poder público impor regras e limites ao exercício
de direitos por grupos e pessoas quando há conflito entre prerrogativas.
convívio democrático: cabe ao poder público impor regras e limites ao exercício
de direitos por grupos e pessoas quando há conflito entre prerrogativas.
O direito de manifestação é sagrado, mas não está acima da
liberdade de ir e vir — menos ainda quando o primeiro é reclamado por poucos
milhares de manifestantes e a segunda é negada a milhões.
liberdade de ir e vir — menos ainda quando o primeiro é reclamado por poucos
milhares de manifestantes e a segunda é negada a milhões.
Cientes de sua condição marginal e sectária, os militantes
lançam mão de expediente consagrado pelo oportunismo corporativista: marcar
protestos em horário de pico de trânsito na avenida Paulista, artéria vital da
cidade. Sua estratégia para atrair a atenção pública é prejudicar o número
máximo de pessoas.
lançam mão de expediente consagrado pelo oportunismo corporativista: marcar
protestos em horário de pico de trânsito na avenida Paulista, artéria vital da
cidade. Sua estratégia para atrair a atenção pública é prejudicar o número
máximo de pessoas.
É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia
Militar precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na
avenida Paulista, em cujas imediações estão sete grandes hospitais.
Militar precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na
avenida Paulista, em cujas imediações estão sete grandes hospitais.
Não basta, porém, exigir que organizadores informem à
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 30 dias antes, o local da
manifestação. A depender de horário e número previsto de participantes, o poder
público deveria vetar as potencialmente mais perturbadoras e indicar locais
alternativos.
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 30 dias antes, o local da
manifestação. A depender de horário e número previsto de participantes, o poder
público deveria vetar as potencialmente mais perturbadoras e indicar locais
alternativos.
No que toca ao vandalismo, só há um meio de combatê-lo: a
força da lei. Cumpre investigar, identificar e processar os responsáveis. Como
em toda forma de criminalidade, aqui também a impunidade é o maior incentivo à
reincidência.
força da lei. Cumpre investigar, identificar e processar os responsáveis. Como
em toda forma de criminalidade, aqui também a impunidade é o maior incentivo à
reincidência.
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