VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO: QUAIS AS SOLUÇÕES?




PROPOSTA DE REDAÇÃO ENEM

            Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO: QUAIS AS SOLUÇÕES? apresentando proposta de conscientização social e intervenção estatal que respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.



TEXTO 1.
Reduzir mortes no trânsito é preocupação permanente do Congresso
Da Redação | 17/01/2018, 14h29 - ATUALIZADO EM 19/01/2018, 10h28

Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito foi sancionado pelo presidente da República
Pedro Ventura/Agência Brasília

Preocupados em tirar o Brasil da incômoda quinta posição no ranking de países com mais mortes no trânsito, parlamentares vem se mobilizando para aprovar projetos sobre o tema. Em 2017 algumas propostas avançaram e já viraram leis. É o caso PLC 47/2016 que cria Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito.

Publicada na sexta-feira (12) no Diário Oficial da União, a Lei 13.614/2018orientará ações e programas para diminuição dos índices negativos no trânsito em todo o país e submeterá os estados a metas anuais. O objetivo é reduzir em pelo menos 50% as mortes por veículos em dez anos.

Outro resultado recente da atuação do Congresso Nacional para tentar reduzir o alarmante índice de mortes no trânsito é a Lei 13.546/2017, sancionada em dezembro. O texto tem origem no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 144/2015 e estabelece regras mais duras para punir quem cometer crimes ao dirigir, principalmente sob efeito de álcool ou outra substância entorpecente.

Dezenas de outras propostas tratando do assunto seguem em análise no Senado e podem avançar em 2018. Uma delas (PLC 14/2016) está pronta para votação do Plenário. O projeto altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para inserir, entre os itens obrigatórios dos veículos, trava antiesmagamento nas janelas com vidros elétricos.  O dispositivo funciona por meio da interrupção e inversão do movimento do vidro quando um obstáculo é colocado entre a caneleta da janela e o vidro. 

O objetivo do projeto de lei é evitar acidentes, especialmente com crianças, e proteger a integridade física do usuário.

Crime hediondo

Outras propostas contam com parecer pela aprovação nas comissões. É o caso do Projeto de Lei do Senado (PLS) 1/2008, do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que torna crime hediondo o acidente de trânsito com vítima fatal provocado por motorista alcoolizado ou sob influência de outras drogas psicoativas.  De acordo com o texto, que está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), também será incluído na lista dos crimes hediondos o acidente provocado por motorista que estiver envolvido em pegas ou rachas.

Segundo  a  OMS,  mais  de  90%  dos  acidentes  de  trânsito  são  causados  por  falha  humana, conforme destaca o senador. A ideia de Medeiros é incentivar o bom comportamento dos motoristas:“Embora   Brasil  apresente  uma  boa  condição  em  termos  de  legislação  de  trânsito,  medidas  que  venham  a  estimular  o  comportamento  adequado  dos  condutores  nas  vias  de vem  ser  implementadas”.

IPVA e DPVAT

Entre outros projetos, também aguarda definição do Senado o PLC 71/2017, que tenta coincidir as datas de vencimento do DPVAT com a do IPVA. O texto, em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), prevê ainda a possibilidade de parcelamento do pagamento.
Está ainda em tramitação a PEC 51/2016, que exige que cidades com mais de 500 mil habitantes tenham varas judiciais especializadas em conflitos de trânsito.

Mortes

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos aproximadamente 1,3 milhões de pessoas morrem vítimas de acidentes de trânsito. Dos sobreviventes, cerca de 50 milhões têm sequelas. O levantamento foi feito em 2009 em 178 países.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes por imprudência no volante, atrás da Índia, China, EUA e Rússia. Mas se considerada a média para cada 100 mil habitantes, o Brasil, está "apenas" na 42ª posição. São cerca de 25 mortes para cada 100 mil pessoas.  Ainda assim, acima da média mundial que é de 18 mortes para o mesmo grupo.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foram registrados 37.306 óbitos e 204 mil pessoas ficaram feridas.





TEXTO 2.


21/12/2017 21h37 - Média de mortes em acidentes de trânsito sobe 12% no fim do ano

No Brasil, mais de 3,5 mil pessoas morrem por mês no trânsito.
Em dezembro, esse número sobe para quase 3,9 mil.

É no fim do ano que o trânsito se torna ainda mais perigoso, no Brasil. O número de acidentes aumenta em todo o país.

A temporada é de festas, mas as estatísticas mostram que alguns milhares de brasileiros não vão ter o que comemorar. É justamente agora, perto do Natal, que os acidentes de trânsito mais aumentam. E as vítimas também.

No Brasil, mais de 3,5 mil pessoas morrem por mês no trânsito. Mas é só chegar dezembro que esse número sobe para quase 3,9 mil. E a situação piora perto dos últimos dias do ano. É quando a média de mortes salta 12% - vai de 116 para 130 por dia.

Parece um contrassenso a gente estar falando mais uma vez sobre isso quando a gente repara na evolução dos itens de segurança dos carros. Hoje, todos os carros fabricados no Brasil têm que sair de fábrica com airbags e com freios abs, que evitam o bloqueio das rodas. Ou seja, a evolução da tecnologia, da segurança, é evidente. Agora, o que parece que não evolui é o que fica entre o volante e o banco do carro. Ou seja, o motorista.

“O dirigir está associado a escolhas. Você escolhe falar ao celular e dirigir. Você escolhe andar em alta velocidade. Você escolhe beber e dirigir. Você escolhe não usar o cinto”, explica José Aurélio Ramalho, presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária.

E a escolha errada faz enorme diferença. O Observatório de Segurança Viária diz que 90% dos acidentes são relacionados ao comportamento do motorista. E não adianta apenas ter estrada nova e carro seguro.

“Se houver uma falha humana, tanto a rodovia, quanto o veículo, eles estão ali para auxiliar e mitigar a lesão fatal ao ocupante. Se nós não trabalharmos a questão da educação, do comportamento da sociedade, nós vamos continuar a ter taxas elevadas de mortes no trânsito”, afirma José Aurélio Ramalho.




TEXTO 3.
Acidentes de trânsito no Brasil, um problema de saúde pública
A Rádio USP entrevistou especialistas das áreas de medicina e do direito para analisar o quadro atual do trânsito brasileiro

Por Redação - Editorias: AtualidadesRádio USP
                   

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem, no mundo, por ano em acidentes de trânsito, e desse total metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas.
Um dos objetivos da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030 é sobre segurança no trânsito, que prevê reduzir para a metade o número global de mortes e lesões causadas por acidentes de trânsito até 2020.

https://jornal.usp.br/atualidades/acidentes-de-transito-no-brasil-um-problema-de-saude-publica/




TEXTO 4.

Brasil é o quinto país do mundo em mortes no trânsito, segundo OMS
Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. O que representa um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Sem campanhas de conscientização, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030.

Acidentes no Brasil

O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, China, EUA e Rússia. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foram registrados 37.306 óbitos e 204 mil pessoas ficaram feridas.
O Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) pagou, em 2015, 42.500 indenizações por morte no país e 515.750 pessoas receberam amparo por invalidez.

Principais causas
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre as principais causas dos acidentes com mortes ocorridos em 2016 estão falta de atenção (30,8% dos óbitos registrados); velocidade incompatível (21,9%); ingestão de álcool (15,6%); desobediência à sinalização (10%); ultrapassagens indevidas (9,3%); e sono (6,7%).

As colisões frontais responderam por 29% das vítimas mortas no ano passado, seguidas pelos atropelamentos de pedestres (18,2%). Condutores ou passageiros de motocicletas foram 17,8% dos mortos; ciclistas, 4,1%.

A cada quatro mortes, três ocorreram em pista seca. Mais de 70%, em retas. Mais da metade foram registradas à noite (53,8%), em trechos de pista simples (61,7%) e em regiões rurais (68,9%).
Os jovens de 20 a 24 anos são a faixa etária mais atingida, somando 14,2% dos mortos. Idosos acima de 60 anos, 12,3%. Os homens representaram 79,3% das vítimas que perderam a vida.
Ao longo de todo o ano de 2016, a PRF flagrou, apenas no Paraná, 3.567 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas; 22,8 mil manobras irregulares de ultrapassagem; e mais de 235 mil veículos acima da velocidade máxima permitida.




TEXTO 5.

Acidentes de trânsito custam R$ 19 bi por ano, e Brasil fica longe de meta
FABRÍCIO LOBEL - DE SÃO PAULO - 02/11/2017 02h00

A tragédia dos mortos e acidentados do trânsito brasileiro provoca, além das perdas emocionais, um custo anual de R$ 19,3 bilhões, segundo cálculos conservadores –valor superior ao PIB de 11 capitais, entre elas Natal, Maceió e Florianópolis.

A redução de vítimas na primeira metade desta década está muito aquém da meta traçada pelo governo federal.

As variações pelo Brasil são drásticas: há cidades com índices de mortes no trânsito comparáveis aos de países pobres africanos e outros equivalentes ao dos EUA.

O levantamento aponta que as 39 mil mortes de 2015 custaram R$ 11,6 bilhões aos cofres públicos, além de outros R$ 7,7 bilhões de prejuízo com tratamento de feridos.

O cálculo leva em conta gastos públicos com saúde e previdência, incluindo também os ganhos potenciais das vítimas ao longo da vida.

Os critérios se baseiam em estudos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), com dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde.

UGANDA E EUA

O Brasil conseguiu em 2015 diminuir seu índice de mortes no trânsito e voltar ao patamar de 2004. Naquele ano, a taxa foi de 19,2 para cada 100 mil habitantes –contra um pico de 23,6 em 2012.
Roraima (32,8), Mato Grosso (33,2), Piauí (36,8) e Tocantins (37,2) têm índices de mortalidade no trânsito comparáveis a Quênia, Uganda e Serra Leoa. Já Amazonas tem a menor taxa do país (10,8), equivalente à de países como Estados Unidos e Portugal. Em São Paulo, ela é de 13,6, quarto menor entre Estados.

O país acertou uma meta com a Organização Mundial de Saúde pela qual deveria chegar até 2020 com apenas 50% do número de mortes no trânsito registrados em 2010.
A intenção de se restringir a 21 mil mortes anuais nesses acidentes, no entanto, fracassou. O próprio Ministério da Saúde já estima que, em 2020, ainda serão 37,7 mil casos –redução de apenas 12% em relação à década anterior.

O próprio estudo contratado pela Ambev lista a mistura de álcool ao volante entre os fatores contribuintes dos acidentes de trânsito, assim como excesso de velocidade, falta de capacetes, de cinto de segurança e de cadeirinhas automotivas infantis.

"Temos a filosofia de que não interessa à empresa vender cerveja por meio do consumo irresponsável. O estudo é uma tentativa de dar base e munição para a tomada de políticas públicas que melhorem os índices da insegurança no trânsito", justifica à Folha Mariana Pimenta, porta-voz da cervejaria.




TEXTO 6.

Redução da velocidade é objetivo global

O que é tendência para o Brasil – e muitas vezes motivo de divergência -, já compõe a realidade de muitos países, que enxergaram as vantagens da redução da velocidade para além da segurança viária. Entre elas, a fluidez do trânsito, a economia de combustível e os menores índices de poluição do ar e de ruídos.

Em Nova Iorque, em 2014 o limite na área urbana passou para 40 km/h e, em Londres, desde 2008, a administração da capital conduz um trabalho gradativo para diminuir a velocidade máxima para 32km/h em ruas e avenidas estratégicas. Em ambas as cidades os óbitos caíram. Conforme o Global status report on road safety de 2013, embora mais da metade dos países do globo apliquem o limite máximo de velocidade urbana de 50 km/h, eles representam apenas 47% da população mundial. Entre eles, México, Nicarágua, Cuba, Equador e Paraguai se destacam por combinarem leis nacionais que estabelecem a velocidade máxima de 50 km/h e por permitirem que autoridades locais as alterem, caso elas julguem pertinente para acalmar o tráfego.



TEXTO 7.

Acidentes no trânsito são a terceira causa de morte no mundo, ficando atrás apenas das doenças cardíacas e câncer. Com base nas estatísticas, a Organização Mundial da Saúde iniciou, em 2011, a década das ações contra acidentes no trânsito.

Alerta: mais de 70% dos jovens dirigem após beber, e que, hoje, os acidentes com uso do álcool causam prejuízos, muitas vezes, permanentes e mesmo fatais. O álcool é um inibidor do sistema nervoso central que impede estímulos e, consequentemente, reflexos ao volante, além de mudar a resposta aos riscos. Acaba-se dirigindo mais rápido, com menos cuidado. De todos os acidentes, temos uma média de 50% causados pelo uso do álcool.

https://al-sc.jusbrasil.com.br/noticias/100074395/violencia-no-transito-e-a-terceira-maior-causa-de-mortes-no-mundo








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