ENEM - Tema modelo ENEM - Abandono Parental no Brasil.





TEXTO 1.
Segundo dados colhidos pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2015, o Brasil ganhou mais de 1 milhão de famílias compostas por mãe solo, em um período de dez anos. Só no Estado de São Paulo, há 750 mil pessoas, de 0 a 30 anos, sem o nome do pai no registro, de acordo com dados do governo estadual.
“O abandono paterno precisa ser olhado com mais atenção”, diz o promotor de Justiça Maximiliano Roberto Ernesto Fuhrer, da Promotoria de São Bernardo do Campo. “Vivemos uma epidemia social.” Ele foi o responsável por criar o serviço, em 2005. Na época, oferecido apenas em escolas públicas do ABC.

“Fiz um levantamento e chegamos a uma estimativa de 10 mil crianças matriculadas, sem o nome do pai na certidão”, recorda. “Isso é um exército. ” Ele decidiu, então, criar mutirões de atendimento nos colégios. A iniciativa não aconteceu exatamente como o esperado.
São Paulo — Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com base no Censo Escolar de 2011, apontam que há 5,5 milhões de crianças brasileiras sem o nome do pai na certidão de nascimento.
O Estado do Rio lidera o ranking, com 677.676 crianças sem filiação completa, seguido por São Paulo, com 663.375 crianças com pai desconhecido. O Estado com menos problemas é Roraima, com 19.203 crianças que só têm o nome da mãe no registro de nascimento.
“É um número assustador, um indício de irresponsabilidade social. Em São Paulo, quase 700 mil crianças não terem o nome do pai na certidão é um absurdo”, diz Álvaro Villaça Azevedo, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Faculdade de Direito da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).
TEXTO 3.
Na tarde de ontem, antes de uma partida contra o Fluminense, o Botafogo entrou em campo para fazer uma homenagem para o Dia das Mães. A faixa carregada mostrava o escudo do time vazio, sem a estrela no centro. A mensagem na faixa dizia: “A estrela solitária saiu do escudo para lembrar de outras: as 11,6 milhões de mulheres que criam seus filhos sozinhas“. Em seguida, destacava a pesquisa com o número altíssimo de mulheres criam seus filhos sozinhas, sem a ajuda do parceiro.
A iniciativa foi feita em parceria com a ONU Mulheres e a campanha He For She.
TEXTO 4.
A seleção dos filhos sem pai
Seis dos 11 titulares do Brasil na Copa cresceram distantes do pai biológico.
Mães como a de Gabriel Jesus tiveram de se desdobrar sozinhas para criar os filhos atletas
Ao marcar gols, Gabriel Jesus faz o sinal de um telefone com a mão e o dedo polegar grudado na orelha. A comemoração conhecida como “Alô, mãe” é uma homenagem a Vera Lúcia, a mulher que, sozinha, o criou juntamente com os três irmãos. “Ela sempre foi pai e mãe”, costuma dizer o camisa 9, que integra o grupo de seis dos 11 titulares da seleção (Miranda, Thiago Silva, Marcelo, Casemiro e Paulinho) na Copa do Mundo que cresceram sem o suporte do pai biológico. Uma realidade comum no país do futebol. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 40% dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, sendo que, “em um elevado patamar de famílias” – cerca de 12 milhões –, elas não têm cônjuges para ajudar na criação dos filhos.
O que diz a Constituição Federal:
Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O que diz o ECA:
Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.




Proposta ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Alternativas para reduzir o abandono parental no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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