Bob Fernandes | Contra a barbárie, um alerta para nossos dias







Temer traiu Dilma. Enquanto traia, jurava lealdade. Espetáculo público secundado por manifestações, apoio ou indiferença de grande parte da plateia.
Essa mesma plateia que agora assiste Rodrigo Maia dizer que aprendeu “lealdade em casa”. Isso enquanto a máquina e as manchetes o empurram para a presidência.
Temer, que nesta segunda, 10, dançou na comissão de Constituição e Justiça da Câmara, já foi delatado.
Maia foi delatado pelo menos três vezes. Centenas já delataram centenas. Até aqui, uma lição: pegue, leve, depois delate, escape da prisão e mantenha o patrimônio.
Em Curitiba, a Polícia Federal deixou a Lava Jato. A procuradoria deixou de lado os “superfaturamentos na Lava Jato”, informa a Folha.
À exceção da sede pelo alvo principal, cresce a sensação de “estancamento da sangria”. Aumenta o desalento e, por consequência, espaço para o que há de pior.
Vi centenas de páginas no facebook, nas redes sociais. Nos perfis, verdadeiros ou falsos, a mais perfeita tradução do fascismo.
Material para estudo sócio-antropológico. Para psicanálise. Ou, em muitos casos, para acompanhamento de órgãos de defesa do Estado.
Armas e tiros, até metralhadoras. Todos têm posse legal?
Poses com fotos de si mesmos exibindo músculos. Imagens de agressões, de humilhações.
Nos comentários, palavrões, ameaças, bravatas. É a estética, a linguagem do fascismo, dos fascistas.
Não apenas acreditam. Berram, sem perceber o mico, a vergonha, que Mussolini e Hitler foram ditaduras “de esquerda”.
Não sabem que Moreira Franco se dizia maoísta. Que Aloysio Nunes passou pela ALN de Marighella. Que Heráclito Fortes está no partido... socialista.
Não sabem que o nacional-socialismo de Hitler foi a ultra direita, assim como o fascismo de Mussolini.
Os daqui são ferozes defensores da Escola sem Partido. Explique-se: querem uma escola à altura, à imagem e semelhança do que são.
A editora portuguesa Gradiva lançou há pouco o livro “Contra a barbárie, um alerta para nossos dias”. Num dos textos está dito:
-Um dos domínios em que se “intervém” com particular brutalidade é o da “educação da juventude”.
Esse texto ironiza a expressão "bolchevismo cultural" e trata do fechamento de escolas acusadas de serem “esquerdistas”.
Aborda as acusações e perseguições, no começo de tudo contra universidades, artistas, escritores, jornalistas...
Escrito por Klaus Mann, nos anos 30, o livro trata da ascensão de Adolf Hitler.

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