Redação nota MIL - ENEM - Sobre o recente aumento da mortalidade infantil no Brasil.

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.



A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças de um determinado local (cidade, região, país, continente) que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas. Esse dado é um aspecto de fundamental importância para avaliar a qualidade de vida, pois, por meio dele, é possível obter informações sobre a eficácia dos serviços públicos, tais como: saneamento básico, sistema de saúde, disponibilidade de remédios e vacinas, acompanhamento médico, educação, maternidade, alimentação adequada, entre outros.
Esse é um problema social que ocorre em escala global, no entanto, as regiões pobres são as mais atingidas pela mortalidade infantil. Entre os principais motivos estão: a falta de assistência e de orientação às grávidas, a deficiência na assistência hospitalar aos recém-nascidos, a ausência de saneamento básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de água, resultando em outras doenças) e desnutrição.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/mortalidade-infantil-no-brasil.htm Acesso em 17 julho 2018


O aumento da mortalidade infantil no Brasil

Desde o início da década de 1990, o Brasil apresentava redução anual de 4,9% na taxa de mortalidade infantil. Contudo, em 2016 foi registrado um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Tal dado alarmante é uma maneira indireta de se medir o desenvolvimento humano de um país, uma vez que é intrínseco ao investimento em áreas cruciais a qualidade de vida da população, como saúde e saneamento básico.

Nessa conjuntura, cabe ressaltar que a eficácia dos serviços públicos tem suma importância na diminuição da mortalidade infantil. Dessa forma, o teto de gastos (PEC 55) aprovado em 2016, potencializa resultados negativos como o aumento registrado, já que implica com o congelamento de investimentos em setores essenciais (Saúde e Educação) para a melhoria nas condições de vida da população, além de impor a diminuição de programas sociais que visam a redução da pobreza, como o Bolsa Família. Aliás, a queda no investimento em tais setores leva a dificuldades na acesso à saúde, falta de saneamento básico, queda na renda familiar, entre outros, o que acarreta a priores qualidades socioeconômicas e, consequentemente, ao aumento da mortalidade infantil - 12% só no último ano, 2016.
Sendo assim, considerando as medidas adotadas pelo governo e o aumento significativo de mortes evitáveis entre menores de um ano, causadas por diarreias e pneumonias, percebe-se uma correlação entre a diminuição nos investimentos públicos e o aumento na mortalidade infantil. Ademais, diante de tal quadro e seguindo o contratualismo em John Locke, pensador iluminista inglês, há uma ruptura com o Contrato Social, visto que o Poder Público deixa de assegurar os direitos fundamentais e inerentes aos seres humanos, os quais, quando garantidos potencializam o desenvolvimento humano.

Em suma, faz-se necessário que o Estado adote programas de saúde pública voltados a primeira infância, como o Programa Saúde da Família, com a finalidade de minimizar a mortalidade infantil, por meio de um investimento maciço na saúde pública. Ademais, através da ampliação de programas socioeconômicos de combate a pobreza, como o Bolsa Família, um maior número de casas tenham renda suficiente para obterem melhores condições de vida, para que, assim, a taxa de mortalidade infantil possa retornar a diminuir.


Comentário: 

Texto preciso, direto e conciso. Aborda o tema de forma clara e apresenta dados de um repertório cultural externo à coletânea. Além disso, dialoga com as informações da coletânea sem copiá-las. Faz uso da coletânea como forma de diálogo e base para aprofundar a questão (o segundo parágrafo é um bom exemplo). Estrutura bem feita. Linguagem adequada, simples e direta. Proposta de Intervenção muito precisa. Aponta o agente (o Estado), a ação (promover/ adotar programas assistenciais), o modo (como o PSF - Saúde da Família), detalhamento (o Bolsa Família) e finalidade (minimizar a mortalidade infantil). 

Comp.1 - Linguagem - 200 pontos
Comp.2 - Conteúdo - 200 pontos
Comp.3 - Estrutura - 200 pontos
Comp.4 - Conectivos - 200 pontos
Comp.5 - P.I. - 200 pontos


 Nota final - 1000 pontos

 Prof. Dr. Fabrício Cesar de Oliveira

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