FUVEST - Tema: Convívio e Preconceito. Redação muito acima da média

    
Redação FUVEST - Tema: Convívio e Preconceito.
Nota Final do texto: 9,0.
Um ser social?

Segundo Aristóteles, grande filósofo grego, o homem é um ser social. Porém, se esse é um ser que vive socialmente, por que ele nega outros indivíduos que possuem características diferentes da sua? Essa é uma questão que perdura desde os resquícios da civilização, em que o homem escravizou os negros, bárbaros e índios e, no século XX, com o nazismo, simplesmente exterminou outros seres humanos que divergiam das características aceitas por aquele. A validade dessa pergunta existe até os dias de hoje, já que se pode observar certos atos preconceituoso, e até mesmo aversivos, contra certo grupo social, como os homossexuais e negros.

Tais atos como, por exemplo, a violência e a segregação, contudo, deixaram de ser tão explícitos como em períodos anteriores, por exemplo, no Apartheid na África do Sul, e se tornaram uma característica da sociedade contemporânea. Essa forma de preconceito, chamado de cordial, está anexado nos costumes da população e, dessa forma, erguem-se muros psicológicos que, por sua vez, determinam uma tradição de limitações para certa classe social. Um exemplo disso pode ser visto na área de conhecimentos avançados, como na de pesquisas, em que é raro ver um negro exercendo essa atividade, em consequência de sua limitação inconsciente causada pela sociedade, a qual o vê com estranheza e desconfiança, caracterizando tal preconceito.

Simultaneamente, observa-se também que as relações sociais dos seres humanos são construídas a partir de um processo histórico, ou seja, os homens trazem cravadas, em sua evolução, características que fizeram parte das épocas passadas.  Uma característica herdada das sociedades antigas veio da Grécia Antiga, onde os bárbaros - povos que não possuíam a mesma cultura dos gregos - eram transformados em escravos e em seres inferiores, o que deixou como marca para a coletividade atual a xenofobia.

Nessa óptica, nota-se que o homem nega a diferença dos outros indivíduos porque suas relações sociais são formadas de detalhes históricos e também por esse ser passivo da coercitividade proporcionada pela coletividade contemporânea preconceituosa, a qual adveio dos primórdios das relações entre os homens. Dessa forma, para que se haja uma igualdade, independente da cor, credo ou orientação social, o homem deve aprender a primeira lei da natureza, a qual consiste, segundo Voltaire, filósofo francês, em tolerar o outrem.  Somente dessa maneira o homem conseguirá conviver em harmonia com seu semelhante e se tornar um ser, de fato, social.

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